quinta-feira, 4 de março de 2010

Ervas regionais

Salve sagrado amigo leitor, salve irmãos em Mãe Natureza!


Respeitar o regionalismo é muito importante para o entendimento e o trabalho com as ervas. Se a mesma erva pode ter vários nomes na mesma região, que dirá em regiões diferentes. Vivemos num país de dimensões continentais e do Oiapoque ao Chuí, encontramos uma diversidade incrível. Em algumas situações, o sotaque local pode se parecer com um dialeto e provocar algumas confusões. Algum habitante da região sudeste, não acostumado com essas diferenças, pode ter dificuldade em entender um morador do sertão nordestino falando. E são por essas diferenças que somos maravilhosos!

Nas diferenças, sejam raciais, locais, de linguagem ou outras, entendemos que há elos de ligação entre nós.

Um deles, sem dúvida nenhuma é a natureza. Não canso de falar: DIANTE DA NATUREZA, SOMOS TODOS IGUAIS.

É importante respeitar as diferenças, compreende-las e se servir dos meios naturais da melhor forma possível. Mais importante ainda é tomar cuidado para não usar um elemento natural errado, já que há essa confusão lingüística.

Vamos dar como exemplo a Erva Cidreira (Cimbopogom citratus), pode ser chamada de Capim Cidreira, Capim Cidrão, Capim Limão, Capim Santo, Chá da Estrada, Erva de Estrada, entre outros.
É a mesma erva, simplesmente chamada de nomes diferentes.

Levando em consideração a influencia africana na religião de Umbanda, a confusão aumenta um pouco mais, isso porque nações diferentes também dão nomes diferentes para a mesma erva e muitas vezes esse nome sofre uma deformação lingüística regional e cai em outros meios que não o do culto de nação, e pronto, a bagunça está formada.

Regra número 1: Bom Senso!

Se buscamos um resultado em uma erva, precisamos tomar cuidado para adquirir essa erva em locais confiáveis, de pessoas que entendem do assunto, verdadeiros profissionais “erveiros”. Como disse, numa mesma região, a opinião dos entendidos no assunto pode ter diferenças. Dez mateiros diferentes, identificariam ervas de formas diferentes. Isso não anula seu conhecimento, na grande maioria das vezes, empírico, sobre as ervas.

Aprendemos muito com os conhecedores das matas: os mateiros, raizeiros, erveiros, enfim essa gente boa que desbrava esse campo do conhecimento natural e religioso. Os praticantes dos cultos de nação e os velhos catimbozeiros nos legaram fantásticas experiências com as ervas. Muita gente boa, que são verdadeiras enciclopédias vivas dessa sabedoria.

Sempre procuro agradecer a todos eles por terem nos conduzido até aqui , com todas as dificuldades, sem recursos e sem reconhecimento. Verdadeiros guardiões de Mão Natureza e seus benefícios.

Juntar ervas num mesmo preparo requer conhecimento energético sobre os elementos. Visto do prisma religioso, podemos cometer algumas gafes, fazendo por exemplo, um banho com energias opostas. Dentro de critérios especificamente religiosos, isso faz sentido, no entanto, nem todos estamos ligados a religiões e dentro da mesma religião há divergências em relação ao uso de determinadas ervas.

Podemos usar preparos prontos sim, as famosas “sete ervas”, banhos de atração, prosperidade, etc, sem problema algum. Devemos levar em consideração acima de tudo a “intenção”. Isso mesmo, a intenção da magia, a determinação que colocamos para que aquele preparo tenha resultado prático.

Esse é o caminho da Fé, que não tem placa de igreja, nem dogma. É simplesmente acreditar e realizar. Certifique-se sempre da origem das ervas que adquire no mercado, a especialidade e profissionalismo da empresa responsável pelo fornecimento. Com saúde, seja material ou espiritual, não se brinca.

Saúde, sucesso, magia, e muitas realizações!



adriano@ervasdajurema.com.br

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