quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Matéria JUS Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro 2010

Corredeira do Rio Macacú
Espaço do Erveiro Setembro 2010 - Jornal de Umbanda Sagrada


Salve sagrado irmão e irmã, leitor do JUS e do Espaço do Erveiro.

Umbanda ainda é Amor e Caridade. Disso não tenho duvidas e espero que a maioria dos irmãos leitores também não tenham. Umbanda ainda é o Preto Velho no toco, é o brado do Caboclo, é a alegria dos Erês...
                         
Quero aproveitar o espaço desse mês para parabenizar o excelente trabalho do nosso editor, o irmãozinho Alexandre Cumino, carinhosamente chamado por todos nós de “Alê”, no seu recente livro, lançado na ultima bienal pela Editora Madras – História da Umbanda – Uma Religião Brasileira.

Que esse trabalho se torne (já se tornou!) referencia confiável em nosso meio religioso e social, e fonte de pesquisa decente para todos os que querem realmente conhecer a nossa amada Umbanda. Eu já o “devorei” e coloquei-o em destaque na minha biblioteca... virou livro sagrado... parabéns Alê!

Também parabenizar o livro do “nosso’ eterno ogã Severino Sena. Parabéns, Sevê! Sucesso! O livro é fantástico e eu recomendo a todos! E parabéns à Madras pela escolha criteriosa dos seus autores e seu sucesso absoluto no segmento.

Inovando, em nome do nosso Pai Criador, Sua Lei Maior e Justiça Divinas, em nome dos Pais e Mães Orixás e de toda espiritualidade que nos ampara e inspira quanto às coisas Divinas e Sagradas, iniciamos um trabalho que, espero acrescentar ao conhecimento das ervas e elementos naturais que transmitimos aqui todos os meses, com o conhecimento dos mais velhos na religião e no trato dos banhos, defumações e benzimentos.

No ultimo mês de agosto, tive a oportunidade de iniciar um trabalho que estava “engavetado” já a alguns anos, que era reunir num compêndio, a opinião de algumas personalidades antigas na religião de Umbanda por esse Brasil afora, e de forma simples e objetiva, transformar essas informações em conhecimento prático, de forma que pudéssemos entender as origens de alguns mitos e dogmas, e também de algumas receitas fantásticas com ervas e elementos naturais.

Mãe Lygia Cunha (neta de Pai Zélio) e Adriano Camargo
Fui conhecer o primeiro terreiro de Umbanda do Brasil, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, hoje funcionando dentro da Tenda “Cabana de Pai Antonio”, no município de Cachoeiras de Macacú, estado do Rio de Janeiro.

Tive a oportunidade de uma breve entrevista com a neta de Pai Zélio de Moraes, Sra. Lygia Cunha sobre o uso das erva no terreiro atualmente e sobre como Pai Zélio as usava no dia a dia, seja através de Pai Antonio ou do Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas.


Não vou transcrever toda a entrevista, mas quero dividir com vocês as impressões que tive. E não quero de forma nenhuma que esse trabalho possa levar a imaginação fértil de alguém a acreditar que queremos desqualificar o uso das ervas por qualquer que seja, queremos realmente entender aqueles que nos conduziram até aqui.

Muito bem, o terreiro é num lugar LINDO! Fantástico mesmo, a natureza se faz presente em primeiro lugar. O próprio rio Macacú passa dentro do lugar, cercado por vegetação local exuberante e poderosa.

Há vários pontos de força no local, rio, corredeira, um pequena pedreira, a própria mata, que garantem um verdadeiro chacra natural alimentador e sustentador do propósito ali realizado pela religiosidade.

O uso das ervas não difere em nada do que falamos aqui no JUS nesse últimos anos. Os banhos, as defumações, os benzimentos estão presentes no dia a dia.

O que chamou muito a atenção foi a liberdade com que o assunto é tratado. Não há regras rígidas para o número de ervas, sua composição nos banhos e defumações, e a permissão para os médiuns de usarem ervas quando precisarem.

Em seu tradicional ritual de amací, cada participante traz uma folha, caule, flor, fruto,semente ou raiz, que é juntada a tantas outras, e a tantas bebidas e líquidos consagrados, para compor a “água de lavagem de cabeça” tão concorrida, que fez com que a direção do TENSP limitasse a participação apenas aos membros ativos da casa, pois muita outras pessoas, de longe até, iam a esse ritual.

Encontrei um terreiro simples, muito bem fundamentado, e com uma “energia natural” ímpar.

A presença dos Orixás Naturais é vívida. Perceptível mesmo, e os guias espirituais atuantes no lugar se servem desse paraíso terrestre em beneficio dos seus médiuns, para que possam ser beneficio na vida dos seus semelhantes.

Agradeço de muito coração a acolhida por todos, na matéria e no espírito e pela oportunidade e emoção de pisar no mesmo chão que pisou nosso amadíssimo Papai Zélio de Moraes. Vossa benção Papai da Umbanda, vossa benção Caboclo das Sete Encruzilhadas. Muito obrigado!

Para não passar em branco, vamos a uma receita bacana de limpeza, purificação e energização na natureza.

Se você tiver a oportunidade de ir a uma cachoeira, beira de corredeira ou rio, melhor ainda.

Ou então dentro da mata mesmo, mas nesse caso seria interessante levar água de fonte ou cachoeira *.

Você vai precisar de:

tempo

bacia ou travessa de louça, inox, esmalte, etc.,

um pano branco de cabeça

um pano branco para colocar as ervas

ervas – arruda, guiné, peregun roxo, hortelã, manjericão, alecrim e folhas de pitanga

Antes de sair de casa acenda uma vela ao seu anjo da guarda pedindo proteção e inspiração. Dirija-se a um local tranqüilo a beira da cachoeira, riacho, lago ou corredeira. Peça licença aos Orixás regentes do ponto de força, estenda o pano branco e coloque as ervas sobre ele separadas.

Com sua bacia, pegue um pouco de água do local, suficiente para macerar as ervas.

Se estiver na mata, eleve um recipiente com água mineral. *

Esvazie sua mente, entre em sintonia com os sons das natureza, inspire ar, infle seus pulmões e solte devagar.

Coloque as pontas dos dedos das mão na terra e sinta seu pulsar... encoste a palma da mão na terra.

Eleve o pensamento a Pai Criador, Mãe Natureza, Poder Vivo e Divino das Ervas, Forças Naturais Vegetais, Poder Vivo de Jurema... peça benção e amparo a esse ritual. Peça purificação e fortalecimento do seu espírito. Se você for médium, é um ótima oportunidade de permitir que no silencio de sua mente, seus guias ”falem” ao seu espírito.

Pegue erva a erva e vá amassando-a com as mãos, até amassar (macerar) todas. Sinta o liquido resultado desse processo, sinta seu aroma e sua consistência.

Passe primeiramente o liquido na cabeça, em seguida pegue um punhado desse macerado de ervas e coloque bem no centro da sua coroa, cobrindo com o pano branco de cabeça em seguida.

Encontre uma posição agradável e fique pelo menos uma hora para que esse preparo magnetize seu espírito com eficácia. Após esse tempo, lave a cabeça na cachoeira, ou nas águas do riacho, ou então com a água mineral que você levou, assim deixando-a cair na terra.

Agradeça de coração, com uma oração espontânea e volte para casa.

Já demos muitas receitas aqui no JUS. Combine-as com esse processo e anote os resultados!

Aproveitem o inicio da primavera... momento de fortalecer e preparar a colheita.

É isso turminha... seus emails com sugestões são sempre lidos, nem sempre respondidos em tempo mas trato todos com o mesmo carinho e gratidão. Muito obrigado a todos.

Que as bênçãos de Mamãe Natureza estejam em nós sempre! Sucesso e muita saúde!


Adriano Camargo / Erveiro da Jurema

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Algumas dúvidas frequentes

Olá turminha das ervas!
Ë sempre muito bom estar aqui para levar o conhecimento do mundo das ervas. Temos recebido muitas críticas positivas e incentivadoras. Todas são muito construtivas e nos ajudam a melhorar cada vez mais.
Recebemos muitos pedidos também. Infelismente não dá pra atender todo mundo, nem falar de todos os assuntos que gostaríamos, mas aos poucos vamos atendendo às espectativas de todos os leitores.
Sendo assim, hoje vou responder algumas dúvidas gerais, que são comuns no meio Umbandista.
Há muita informação distribuída na internet, revistas e livros, enfim cabe a cada um selecionar aquilo que lhe convém,.não esquecendo as duas regras básicas para o trato com ervas: Amor e Bom Senso. Selecione, pesquise pois há muita informação errada também.
Quando falamos de Amor, abrimos dois campos a mais – A Fé e o Respeito. Sem Fé, não nos movemos em nenhuma direção. É necessário acreditar que a erva pode te ajudar, para que ela te ajude. Acredite, e o resultado será real.
Respeitando a força, a energia vegetal, ela te respeitará. Quando falamos de energia, podemos compará-la a energia elétrica. Sem ela, nossa vida moderna seria bastante difícil. Ela é imprescindível para que nossos eletrodomésticos funcionem, por exemplo, mas coloque o dedo na tomada e levará um choque nada agradável. Respeite a energia vegetal que ela lhe respeitará e será útil no campo que você precisar.
E o Bom Senso é aquele conhecimento básico das propriedades naturais das plantas. A toxidade e o perigo de algumas utilizações.
Uma dúvida bastante comum é quanto a utilização de banhos na corôa, na cabeça. Quando tomá-lo, devemos tomá-lo?
Eu classifico as ervas em três categorias: agressivas ou quentes; equilibradoras ou mornas; e frias ou específicas.
Essa classificação não tem haver com temperatura física. Classifiquei dessa forma para termos um parâmetro físico, palpável.
As ervas quentes ou agressivas, como a Arruda, o Guiné, o Alho, entre muitas outras, são aquelas ervas que executam uma limpeza astral profunda. São agressivas porque sua utilização sem critério pode causar transtornos energéticos, pode além de limpar as impurezas astralinas alojadas em nossos corpos astrais, esgotar energia vital, importante para nós. Deve-se tomar muito cuidado para usar essas ervas no chacra coronal. Recomenda-se esse uso apenas a partir da necessidade identificada por uma entidade de confiança, incorporada num médium também de confiança. Essa regra vale também para o Sal Grosso.
Digo médium de confiança porque o médium não se exclui da responsabilidade do uso de uma erva recomendada pelo seu guia. Por isso é importante o médium buscar o conhecimento, para que o Bom Senso prevaleça
Neste caso utilizamos algumas ervas consideradas mornas ou equilibradoras. Uma das funções dessas ervas é reajustar o campo energético, quando ele foi agredido pela ação de uma das ervas quentes.
O triângulo das grandes equilibradoras é formado por Sálvia, Alfazema e Alecrim.
Existem muitas outra ervas nessas categorias. O importante não é se apegar num método de classificação ou num dogma de utilização ritualistica. Lembre-se: Amor e Bom Senso!
Essas ervas equilibradoras podem ser usadas na cabeça sem problema algum.
Outra duvida bastante comum é em relação aos fumos sagrados. Alguns nós já passamos a receita aqui, e o retorno dos leitores foi bastante grande. Muita gente passou a usar os fumos preparados com Sálvia, Alecrim, Anis, Hortelã e outras ervas, em seus terreiros. Os guias espirituais gostaram bastante e passaram a pedir a utilização constante desses fumos. Por isso ressalto a importância de estudar, de buscar o conhecimento. O conhecimento é a única coisa que ninguém pode tomar de você. A partir das conquistas pessoais do médium, nesse campo do conhecimento, as entidades ficam muito mais a vontade para receitar ervas e outros elementos, pois o médium saberá também para que serve e não o bloqueará.
Esses fumos têm características interessantes e são verdadeiras defumações quando bem feitos e devidamente consagrados. Essa consagração é muito simples: prepare o fumo com respeito, macerando as ervas secas com as mãos ou em um pilão, pedindo para que Deus Pai Nosso Criador, as Forças da Natureza Vegetal, (e as forças que você quiser evocar e convidar para consagrar esse preparo), irradiem nessa mistura tornando-a viva e ativa para o fim a que se destina. (aqui você determina se é um fumo para ser usado no terreiro ou um fumo terapêutico, etc.).
Essa mesma consagração pode (e deve) ser feita para os banhos, defumações, chás, etc...
Não é difícil manipular ervas para o uso ritualístico, desde que não se esqueça as duas regras básicas – Amor e Bom Senso.
Na próxima tem mais. Escreva pra nós, participe você também!

Sucesso e muita saúde a todos!

sábado, 24 de abril de 2010

ERVAS NA UMBANDA

Matéria para o Jornal de Umbanda Sagrada - Março 2010


Salve fantásticos irmãozinhos em Mamãe Natureza.

Quem pode falar sobre as ervas? Essa pergunta sempre vem à tona quando o conhecimento é comparado, seja dentro dos meios religiosos, na fitoterapia, e mesmo na sabedoria popular.

Tenho recebido muitos emails perguntando sobre isso. Porque temos, principalmente na internet, uma avalanche de informações sobre o uso das ervas.

Enquanto eu escrevo essa matéria, tenho sobre mim a agradável sombra de uma fantástica pitangueira. Estou sentado debaixo dela e peço a ela inspiração para escrever. Pergunto a ela como eu posso ser útil ao meu semelhante humano, mesmo que sua natureza vegetal não entenda totalmente o que se passa na mente humana, dotada de princípios diferentes, mas enfim, pergunto a ela assim mesmo como eu posso levar esse conhecimento às pessoas com clareza, força e determinação.

Muitas vezes pergunto o que escrever. E a resposta flui no meu intimo de forma natural.

Assim é a pitangueira, a cerejeira, o abacateiro, o limoeiro e a goiabeira. Árvores que estão próximas de mim, no meu jardim, no local que mais gosto de escrever. E mesmo quando não estou lá, me conecto a elas mentalmente, trazendo sua imagem, sua sombra e frescor. O sabor dos seus frutos e o perfume de suas folhas.

Hoje há tanto delas em mim como há de mim nelas. Há uma simbiose energética, assim como o agricultor conhece o “cio da terra”, a gente acaba conhecendo a essência dessas amadas irmãzinhas do mundo vegetal.

Tenho a minha volta diversos irmãozinhos do plano espiritual, encantados e naturais, que nem sempre tem noção do que estou fazendo exatamente com um notebook, ou mesmo um caderno de anotações, ali, sentado e conversando com uma árvore.

Mas todos percebem o que vou fazer a partir daquilo que recolho ali. Sabem que disseminar o conhecimento é meu trabalho, levar de forma objetiva a razão de Pai Criador se manifestar na natureza é minha missão.

Quando preciso de folhas para alguns preparos pessoais, para o terreiro ou alguém que precisa de ervas para um simples banho, me dirijo ao jardim, com minha tesoura de jardinagem, simples e efetiva pois é meu instrumento de trabalho, e em cada arbusto ou canteiro que vou cortando os galhos, vou mentalmente, e as vezes até verbalmente, definindo o que fazer com essas ervas, como usar ou como eu gostaria que elas guardassem sua energia para se manifestar no preparo a que se destinam.

Vou juntando essas folhas, flores, raízes e quando não tenho todas que preciso no meu jardim busco no meu armário de ervas, onde guardo centenas, isso mesmo, centenas de vidros com folhas, cascas, sementes, raízes, flores, todas secas. E sei exatamente onde elas estão, sei onde encontrar o que eu preciso naquele momento.

Mesmo secas, elas me reconhecem como seu manipulador natural, e através daquilo que há de mim nelas, permitem que eu tenha e me sirva de seu poder no benefício da humanidade.

As ervas que não tenho plantadas também reagem ao meu magnetismo humano, ajustado ao seu magnetismo vegetal. Pois as trato com o respeito que a natureza merece.

Essa reação do elemento define e proporciona qualidade final do preparo.

As ervas se colocam na nossa vida como verdadeiras mestras. Professoras de sabedoria natural. Respondem as nossas perguntas com determinação. Respondem aos nossos apelos de cura com carinho.

Ao cortar alguns ramos ou galhos, tenha certeza que essa árvore sente o que você está fazendo. E ela reage de acordo, em sintonia e proporção ao seu propósito.

Hoje divido essa experiência com vocês, porque desde no ano de 2003 que venho escrevendo aqui nessa coluna, procurando transmitir a simplicidade dos elementos e como eles gostam de estar conosco. Não vejo esse trabalho como um fardo, nem como uma mina de ouro, porque há um fundamento divino que nos ampara.

E se podemos falar das ervas, conquistamos isso com o coração. Com a essência de quem realmente vive isso em seu dia a dia, nos jardim, nos cursos, no terreiro.

Que fale sobre ervas quem vive as ervas, quem as trata com o devido respeito e carinho, pois se não sabem, há um sistema reativo em toda a natureza, que é implacável com todos aqueles que querem apenas usufruir no meio humano, das benção divinas que são manifestadas na natureza.

Se você sentiu algo em seu espírito ao ler essas linhas, é porque você é poderoso candidato a ter uma maravilhosa experiência com os elementos da natureza em um dos nossos grupos de estudo sobre as ervas. Vença a distância, o cansaço e a preguiça e traga ao seu espírito algo que ninguém pode tirar de você: o conhecimento.

Falta coragem, então busque nas próprias ervas a inspiração para aprender. Tome um bom banho de limpeza e equilibrio (arruda, casca de alho, pinhão roxo, eucalipto, hortelã, manjericão e sálvia) antes de dormir, acenda uma vela verde, ofereça a Pai Criador, Mãe Natureza, os Sagrados Orixás Oxóssi e Obá – o Trono do Conhecimento, às Forças Vivas de Jurema, e peça inspiração, força e proteção para trilhar esse caminho sagrado.

Se pretende administrar sua vida, é preciso coragem. Há pessoas que vivem por viver, porque foram colocadas no mundo. Nada as estimula nada as atrai. São pessoas sem graça, parece que lhes falta o sopro da vida. Não seja uma delas. Reaja, lute, trace seus ideais, pois só é digno de viver aqueles que lutam por eles.Faça da sua vida única. Na verdade você não sabe se terá outras oportunidades. Descubra seus talentos e realize seus sonhos.



Não tema pois o conhecimento é para todos. Todos podemos despertar os poderes das ervas com amor e bom senso. Faça parte disso, venha tornar seu mundo melhor e beneficiar a si mesmo e ao semelhante. Há novas turmas sendo formadas, não perca essa oportunidade.

Bençãos de Mamãe Natureza! Sucesso e muita alegria a todos, muito obrigado, muito obrigado, muito obrigado!